segunda-feira, 26 de maio de 2008

Aureliano Mira Fernandes (1884-1958)


A Fundação Gulbenkian acaba de publicar o vol. I (1910-1927) das "Obras" do matemático português Aureliano Mira Fernandes (1884-1958; passam agora 50 anos da morte). Na foto o jovem Aureliano, em 1910-1911, entre a licenciatura e o doutoramento. Transcrevo a nota biográfica de Mira Fernandes tal como vem na badana:

"Nasceu em São Domingos, concelho de Mértola. Estudou no Liceu de Beja e na Universidade de Coimbra, onde se licenciou em 1910 e se doutorou em 1911 com a classificação de Muito Bom, 20 valores. Ainda em 1910, foi eleito deputado pelo Partido Republicano, mas logo abandonou a vida política.

Em 1911 foi nomeado Professor Catedrático do Instituto Superior Técnico, cargo que desempenhou até 1954. Cumulativamente foi professor do Instituto Superior de Ciências Económicas e Financeiras, actual ISEG.

Sócio efectivo da Academia das Ciências de Lisboa, participou na  fundação da Sociedade Portuguesa de Matemática, sendo o primeiro presidente da sua Assembleia Geral. Foi um dos fundadores da Junta de Investigação Matemática. Entre os seus muitos discípulos ilustres contam-se Bento de Jesus Caraça e Duarte Pacheco.

Realizou notáveis trabalhos de investigação no domínio do Cálculo Tensorial, da Geometria Diferencial e da Relatividade. Muitos dos seus artigos foram apresentados à Academia dei Lincei por Tullio Levi-Civita (1873-1941).

O seu magistério e o seu exemplo de investigador deixaram uma marca indelével na matemática e na cultura portuguesa."   

1 comentário:

Porfirio Silva disse...

Peço perdão por entrar assim, mas talvez seja do interesse dos leitores desta casa saber que a conferência “Como as células constroem um corpo sem terem um plano”, integrada no Ciclo “Das Sociedades Humanas às Sociedades Artificiais”, é já nesta quarta-feira, 28 de Maio, pelas 17h30. Será proferida pelo Professor Jorge Carneiro, do Instituto Gulbenkian de Ciência. Mais informação (conferencista, comentador, resumo, local) pode ser obtida clicando aqui.

DUZENTOS ANOS DE AMOR

Um dia de manhã, cheguei à porta da casa da Senhora de Rênal. Temeroso e de alma semimorta, deparei com seu rosto angelical. O seu modo...