quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

A IRRESPONSABILIDADE DE SCHAEUBLE


O ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schäuble, portou-se de uma maneira irresponsável, ao criticar publicamente uma carta que o ministro das Finanças grego, Yanis Varoufakis, dirigiu ao Presidente do Europgrupo. A carta não lhe era dirigida, o porta-voz da Comissão Europeia já a tinha saudado como positiva e o Eurogrupo vai reunir para a analisar, mas o ministro alemão quis dar uma resposta antecipada. Felizmente que não há unanimidade na Alemanha, o vice-chanceler alemão Sigmar Gabriel já manifestou "total desacordo" com o ministro alemão  das Finanças. Vamos a ver quem leva a melhor.

4 comentários:

Anónimo disse...

Um bom texto a respeito deste assunto Grécia: A infantilização de um país.

http://www.publico.pt/mundo/noticia/a-infantilizacao-de-um-pais-1686577

"De facto, entre os mais impressionantes resultados da crise está esta espécie de infantilização dos países em dificuldades: não há políticas historicamente erradas, nem governos responsáveis pelo endividamento excessivo, nem eleitorados que tenham dado os seus votos a maus partidos – há apenas pobres vítimas de tenebrosos esquemas neoliberais. Para quê darmo-nos ao trabalho de assumir os erros, se podemos inventar tão bonitas teorias da conspiração? Para a esquerda europeia pró-Syriza, é como se a Alemanha e os seus bancos andassem a preparar um assalto aos países da periferia desde tempos imemoriais".

Helena disse...

"Para a esquerda europeia pró-Syriza, é como se a Alemanha e os seus bancos andassem a preparar um assalto aos países da periferia desde tempos imemoriais".
Não será desde tempos imemoriais, mas ...
Qual o montante dos juros recebidos desde que começaram os programas de resgate?
Qual é o montante do desequilíbrio entre exportações e importações da Alemanha para e dos países do sul da Europa?
Quem sustenta a economia alemã?
Qual será o saldo entre o que os contribuintes alemães pagam e o que recebem das exportações?
E se os países do sul da Europa se unissem e exigissem contrapartidas, a nível das suas exportações, para importarem da Alemanha?

António Pedro Pereira disse...

Senhor Anónimo:
O que eu acho que há com fartura é pessoas cegas pela ideologia a tal ponto que nem a realidade pelos olhos dentro as demove.
Dos três ideólogos que legitimaram as opções do nosso governo, em linha com o que a Alemanha impõe à Grécia, a austeridade destrutivo-criadora - Vítor Gaspar, António Borges e Vítor Bento - o 1.º assumiu a falência desta política económica na carta de demissão; o 2.º, infelizmente, não está cá para avaliar o resultado; o 3.º fez há dias um digno acto de contrição pública no jornal Observador. Leia com atenção o que escreveu Vítor Bento.
P. S. Mas primeiro deve tirar as palas dos olhos e os óculos com lentes de vidro-garrafa, com a cartilha gravada nas próprias lentes.

Anónimo disse...

Que comentário sem sentido...
A mim parece-me que quem sustenta a economia alemã são os trabalhadores alemães. Não lhe parece ?
Em relação ás contrapartidas então essa é de se lhe tirar o chapéu. Quando importamos recebemos de imediato a contrapartida . Uma importação é "uma compra" , só que o vendedor está noutro pais. E numa compra quando entregamos o dinheiro ao vendedor, recebemos a contrapartida de imediato, que é o "bem" que adquirimos.
É para mim incompreensível que alguém compre algo e queira ficar com o bem e o dinheiro.

cumps

Rui Silva

A panaceia da educação ou uma jornada em loop?

Novo texto de Cátia Delgado, na continuação de dois anteriores ( aqui e aqui ), O grafismo e os tons da imagem ao lado, a que facilmente at...