segunda-feira, 9 de abril de 2012

E AGORA, JOSÉ ?

8 comentários:

Cláudia S. Tomazi disse...

Aí...quando comento o tamanho da brincanagem, e que Deus queira vos tivéreis por blindagem, o desassossego suscita Drumond.

angelina maria pereira disse...

Acho que os exemplos dados são desadequados... Ninguém está a pensar (julgo eu!) em atribuir género aos nomes que são uniformes quanto ao género...

Luís Ferreira disse...

Os brasileiros não podem fazer nada, nós podemos:

assinamos a ILC.

http://ilcao.cedilha.net/docs/ilcassinaturaindividual.pdf

Lucas disse...

Achei sua posição muito mesquinha e motivadas por razões políticas contra sua presidenta.

Não sou professor nem bacharel em letras, mas me lembro do colégio sobre os "substantivos comuns de dois gêneros" (Ex.: o patriota, a patriota; o viajante, a viajante; o dentista, a dentista). No entanto palavras como Engenheiro, Físico e Presidente sofrem flexão de gênero! Uma breve consulta ao dicionário evitaria esse constrangimento.

Helio Dias disse...

Torneira Mecânica?Veja matéria em:

http://veja.abril.com.br/blog/augusto-nunes/direto-ao-ponto/celso-arnaldo-captura-a-presidenta-que-resolveu-inventar-a-torneira-mecanica/

Anónimo disse...

Lucas, sobre "Presidenta", veja o que diz Antônio Houaiss no seu Dicionário.

Valdemar Barbosa Rodrigues disse...

E agora, José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José?
e agora, Você?

Você que é sem nome,
que zomba dos outros,
Você que faz versos,
que ama, proptesta?
e agora, José?

Está sem mulher,
está sem discurso,
está sem carinho,
já não pode beber,
já não pode fumar,
cuspir já não pode,

a noite esfriou,
o dia não veio,
o bonde não veio,
o riso não veio,
não veio a utopia

e tudo acabou
e tudo fugiu
e tudo mofou,
e agora, José?

E agora, José?
sua doce palavra,
seu instante de febre,
sua gula e jejum,
sua biblioteca,
sua lavra de ouro,

seu terno de vidro,
sua incoerência,
seu ódio, - e agora?

Com a chave na mão
quer abrir a porta,
não existe porta;

quer morrer no mar,
mas o mar secou;
quer ir para Minas,
Minas não há mais.

José, e agora?

Se você gritasse,
se você gemesse,
se você tocasse,
a valsa vienense,
se você dormisse,
se você consasse,
se você morresse....

Mas você não morre,
você é duro, José!

Sozinho no escuro
qual bicho-do-mato,
sem teogonia,
sem parede nua
para se encostar,
sem cavalo preto
que fuja do galope,
você marcha, José!

José, para onde?

Carlos Drummond de Andrade

JT disse...

É surpreendente o ponto a que alguém está disposto a ir apenas para obrigar um país inteiro a usar "presidenta".
Isso tem apenas um nome: despotismo.

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