terça-feira, 18 de dezembro de 2007

A Criação está ainda mais próxima!

Capa da Mad magazine deste mês.

Há exactamente seis meses, o Jorge avisava-nos que a criação estava mesmo próxima, via a imaginação delirante (e acéfala) de Ken Ham, homenageado pela revista MAD como uma das pessoas mais burras dos Estados Unidos.

Seis meses depois, fiquei a saber que a criação vai estar ainda mais próxima, mais exactamente em Lancashire, Reino Unido, onde os criacionistas locais pretendem construir um parque temático cristão. O parque defenderá a leitura literal do Genésis, ou antes, a visão literal do Génesis, já que disporá de duas salas de cinema interactivas onde mesmo os mais iletrados poderão apreciar a «verdade» dos factos: a evolução é uma conspiração armada pelos servos do Demo e Deus «criou» a Terra em 7 dias há cerca de 6000 anos.

A AH Trust, a organização de caridade fundada por «empresários que estão alarmados com a direcção que a sociedade está a tomar» que financia o parque, pretende ainda construir no local um estúdio de televisão para produzir filmes e documentários, uma vez que o «forte» do parque será mesmo a componente multimedia.

Peter Jones, um dos empresários da AH, considera que «a evolução tornou-se a fundação da nossa sociedade, e isto é falso. Nós precisamos de defender o Génesis, como forma de evitar a destruição da fundação da igreja». Pretendem igualmente defender os jovens do «binge drinking» e aparentemente consideram que são os «pesadelos» da evolução que movem os britânicos para esta prática e que o «remédio» (homeopático, certamente) são sessões contínuas de delírios (tremens) sobre a Criação e, provavelmente, sobre o dilúvio.

A organização de «caridade» tenciona candidatar-se a bolsas governamentais e a fundos europeus para financiar o projecto, nomeadamente para transformar o estúdio num «líder internacional na produção de programas cristãos que sejam orientados para a família».

Claro que estes preocupados empresários podem gastar o seu dinheiro como lhes apetecer, em parques criacionistas ou em parques devotados a mostrar que o Elvis está vivo e foi raptado por extraterrestres malévolos que querem dominar a Terra e transformar-nos em escravos, agora sequer pensarem que os disparates em que acreditam, piamente é certo, devem ser financiados com dinheiros públicos é algo que me ultrapassa! Espero que quer o governo britânico quer a comissão europeia lhes respondam à letra na hipótese de concretizarem o absurdo pedido de financiamento!

26 comentários:

Fernando Dias disse...

Génesis é uma narrativa erudita, não popular, que concilia o mito com a ordem do mundo e a ordem ética de um povo num determinado contexto histórico e geográfico. É uma história do imaginário especulativo que luta contra o enigma. Na tradição cultural do seu tempo, pede de empréstimo os mitos e a estória à cultura mesopotâmica e egípcia. Claro que nesta fase os homens não estavam especulativamente tão equipados como Kant, Rawls ou Habermas.

Os mitos são combinatórias fantásticas em que é dito algo de mais importante do que o discurso linear pode alcançar. Infelizmente, sempre houve em todas as épocas dogmáticos com outras inteligências. Os actuais, usurpando um discurso pseudo-científico e pseudo-histórico defendem fundamentalisticamente uma pretensa doutrina criacionista, a qual perde a dimensão metafórica da Antiguidade. Galileu ou Darwin, são apenas exemplos alvo desses fundamentalismos.

Unknown disse...

Pois, o criacionismo erauma coisa dos palermas dos americanos, na boa velha e culta Europa nunca se veria semelhante disparate. Pois, está-se a ver!

Mas há esperança, agora que o pateta beato do Blair mais as suas manias criacionistas não está lá para os protger! O artigo do Guardian diz que as entidades oficiais não se mostraram muito receptivas ao projecto (provavelmente não querem ser o laughing stock europeu...)

The theme park's anti-evolution bias and its emphasis on Genesis has raised eyebrows among planning officials, according to Jones, who originally wanted to build the park at the site of an old B&Q store but was refused permission by the council.

Claro que os organizadores apreoveitaram para carpir cristianovitimização:

'Wigan council slammed the door in our faces. You mention the C [Christian] word, and people don't want to know,' Jones said.

Querer construir uma patetada negando toda a ciência dos últimos século e meio não foi a razãpo da recusa, não, foi cristianofobia! haja paciência!

Fernando Dias disse...

Não podemos esquecer crueldades de inspiração sectária religiosa numa das ilhas Britânicas, ainda muito recentemente, que incendiaram Belfast de ódio e intolerância. O motivo é tão mesquinho como a filiação noutra confissão, ao ponto de os ateus levarem porrada dos dois lados. O sectarismo autogerado suscita sempre e amplia o sectarismo contrário.

Por isso, a inteligência ou a habilidade está em saber manobrar a arte da tolerância por forma a não alimentar ainda mais os sectários. O problema da tolerância neste caso passa pela compreensão dos mecanismos subjacentes a este tipo de “palermices”, que é má-fé e não ignorância, ou “burrice” como classifica Palmira. Má-fé é outra coisa, com uma abrangência mais ampla, e que não se restringe ao conflito ciência/religião.

Unknown disse...

F. Dias

Claro que como em tudo o que meta religião o problema principal é má-fé. O Ken Ham está cheio de dinheiro à conta dos palermas que lhe enchem o bolso para ver e ouvir os disparates que lhes confortam a fé.

A burrice está do lado dos que preferem não pensar e papam estes disparates todos.

Abobrinha disse...

Vocês não perceberam nada!

"programas cristãos que sejam orientados para a família"

Orientados para a família quer dizer que façam crescer a família. Dada a míngua populacional da Europa, faz todo o sentido. Ou seja, o estúdio vai dedicar-se a fazer... filmes pornográficos!

Criacionismo quer neste sentido dizer tão somente "criação de novos cristãos". No sentido verdadeiramente bíblico!

Eu era bem capaz de ir ver esse parque temático, só pelo disparate. Mas a julgar pelas indicações recentes (mas insuficientes e preocupantemente não consensuais) da União Europeia, não creio que alguém dê um chavo para o parque. Pena: gosto muito de me rir.

Fernando Dias disse...

É bom ter sempre espírito crítico. E se for temperado com ironia ainda melhor, pois a ironia, a compaixão para outros, são os maiores auxiliares da razão para demolir seja o que for.

Mas este espírito seria mais útil, para além de criticar os tais actores, para questionar o paradigma que vigora. Por isso não nos podemos deixar distrair só com as consequências (a revolta dos crentes), mas sobretudo com as causas do problema mais profundo (a emergência dos gangsters acima da superficie dos seus pântanos, que é cíclica como todos sabemos). E temos também de estar atentos à voracidade dos “bárbaros”, ao ressentimento dos cobardes, ao endividamento dos papalvos na mão dos obscenos comilões.

Se este paradigma capitalista de mercado seguir a sua evolução natural, sem que outra força o derrube e o substitua por outro paradigma, então serão cada vez mais penalizados os ignorantes funcionais, que abarca os mal protegidos, os imprudentes, os desastrados, os distraídos, os perdulários.

Se nada mudar, prevalecerá o compadrio cúmplice sobre a lei, os mercenários sobre os polícias, os árbitros sobre os juízes, prevalecerão as autoproclamadas “instituições” nas mãos de piratas que se servirão sem qualquer pejo de hipernómadas distraídos (físicos, químicos, biólogos e engenheiros).

Sapienti sat, consummatum est.

Unknown disse...

Esztava a pensar aqui com os meus botões que a Palmira não devia ter misturado o criacionismo, que há milhões de provas que é treta, com a história dos extraterrestres...

é que de acordo com o ponto 6 do post do Alfedo Dinis é impossível provar a inexistência destes extraterrestres se eles vierem da outra dimensão :)

Anónimo disse...

http://umjardimnodeserto.nireblog.com/

O (pseudo)cristianismo no seu pior. Um retorno à Idade Média. Se não estivesse à vista, teria dificuldade em acreditar. Contudo, penso que este fundamentalismo singra porque é, também, uma reacção a outros - o do racionalismo, o do materialismo, o do "cientifismo". O autoritarismo petulante, com que alguns divulgadores do pensamento filosófico e científico actual desdenham da espiritualidade e de Deus, é também uma forma de fundamentalismo. E eu, sinceramente, desculpo muito mais facilmente a um crente do que um cientista a arrogância de se achar detentor da verdade única.
Quase todos os cientistas que chegam a tocar na fronteira entre a Física e a Metafísica se rendem à admissão da existência de Deus, similar ao mostrado em Génesis.

Anónimo disse...

Outra palermice, se for para servir que campo de tiro à aviação britanica com todos os criacionistas lá presentes eu apoio.

Eu adoro a questão da familia, esse obcessão cristão pelo tema da familia, será que isso tem alguma coisa a ver com a emancipação feminina e liberdade sexual...

Estas tretas do criacionismo e do fanatismo são as bases da piramide de poderes obscuros que por detrás deles se movem, se a religião não desse privilégios a ninguem não havia tanta celeuma, Deus é a desculpa para isto tudo.

Imagimem um mundo onde o conceito de divindade e religião não existisse, não havia deuses nem religião, não se rezava, não havia padralhada nem missas nem igrejas nem vaticanos nem fanatismo religioso, tentem só por momentos imaginar e vão perceber como era mais belo esse mundo..

CA disse...

"Imagimem um mundo onde o conceito de divindade e religião não existisse, não havia deuses nem religião, não se rezava, não havia padralhada nem missas nem igrejas nem vaticanos nem fanatismo religioso, tentem só por momentos imaginar e vão perceber como era mais belo esse mundo.."

Em Marte isso já é uma realidade.

Anónimo disse...

"Em Marte isso já é uma realidade."

Sim mas de preferencia um mundo habitado por seres humanos..

CA disse...

Armando

Suspeito que num mundo habitado por seres humanos teremos sempre religiões. A questão religiosa existe de uma forma ou de outra em todas as civilizações humanas. Podemos gostar ou não dela. Mas quando começamos a querer eliminá-la directamente começamos a entrar em formas de repressão semelhantes ou piores do que aquelas que queremos combater.

Conviria nunca esquecer o exemplo do marxismo. Com objectivos nobres e uma errada concepção do Homem consegue-se fazer muito pior do que aquilo que se quer combater.

Anónimo disse...

Isto assim já não tem piada.
O Jonatas "Pavlov" já não aparece a salivar sempre que se fala de evolucionismo/criacionismo.

perspectiva disse...

Muitas pessoas acreditam que a Terra tem 4,5 biliões de anos.

A Palmira é certamente uma delas.

No entanto, muito poucas sabem como é que se chegou a uma tal data.

Seria interessante ver o que é que a Palmira tem a dizer sobre o assunto, para analisarmos os seus argumentos um por um e vermos que os mesmos têm tanta consistência como os que comparam cubos de gelo ou detergente ao DNA.

Do mesmo modo, muitas pessas desconhecem as pressuposições e os modelos que têm que ser aceites previamente a essa determinação.

A verdade é que os métodos de datação continuam a desmentir com intensidade crescente essa extrema antiguidade da Terra.

Na verdade, esses métodos contradizem-se frequentemente uns aos outros, chegando mesmo alguns a dar datas futuras.

Por exemplo, pedaços de madeira recolhidos de uma rocha perto de Sydney, na Australia, supostamente com uma idade de 230 milhões de anos, deram uma idade de apenas 34,000 utilizando métodos de datação de carbono.

Amostras de rocha recolhidas de lava de uma erupção de há apenas 50 anos, do monte Ngauruhoe, na Nova Zelândia, deram idades de potássio-argon de até 3.5 milhões de anos.

Madeira do chamado período Jurássico, no Reino Unido, datadas de há 190 milhões de anos deram uma idade de 25 000 anos usando datação por carbono.

Rochas com dez anos de idade, recolhidas da lava vulcânica do Monte de Santa Helena, nos Estados Unidos, deram uma idade radiométrica de 350 000 anos.

Em contrapartida, minerais das mesmas amostras deram uma idade de 2,8 milhões de anos.

Diamantes recolhidos nos Estados Unidos, supostamente com 2 biliões de anos deram uma idade de Carbono 14 de 56 000 anos.

Quando o Monte de Santa Helena explodiu, em 12 de Junho de 1980, enterrou muitas campos circundantes sob seis metros de cinza. Os sedimentos continham formações laminadas que pareciam ter sido depositadas ao longo de milhares de anos.

No Colorado, uma caverna de uma mina foi encontrada com estalactites e estalagmites supostamente com milhares de anos. No entanto, a mina tinha sido abandonada há apenas 20 anos.

Então, que idade devemos escolher?

A verdade é que os cientistas não conseguem medir a idade da Terra. Eles apenas estão em condições de fazer estimativas baseadas no modo como eles imaginam a formação da Terra.

Existe muita evidência científica de que Deus criou o Universo e a Vida de forma inteligente e de que o pecado introduziu a morte, a doença, o sofrimento e a corrupção.

Existe muita evidência geológica de que a Terra é recente e que foi sacudida por um dilúvio global, cerca de 1700 anos depois da sua criação, dilúvio esse responsável pelos fósseis que vemos e pelas evidências de catástrofe na geologia.

Existe muita evidência histórica de que Deus escolheu Israel como o povo de onde iria vir o Salvador, bem como de que Jesus Cristo viveu, morreu e ressuscitou conforme as escrituras.

A centralidade da questão de Israel e de Jerusalém ainda nos nossos dias testemunha a relevância da Bíblia tanto para entender as origens como o passado, o presente e o futuro da humanidade.

Os alegados milhões de anos da Terra nunca foram observados por ninguém.

Por contrapartida, Deus observou e registou toda a história desde a criação.

Temos portanto que optar entre uma história da Terra que não foi observada e registada por ninguém e outra que foi observada e registada pelo próprio Deus.

CA disse...

"Existe muita evidência científica de que Deus criou o Universo e a Vida de forma inteligente e de que o pecado introduziu a morte, a doença, o sofrimento e a corrupção."

"Existe muita evidência geológica de que a Terra é recente e que foi sacudida por um dilúvio global, cerca de 1700 anos depois da sua criação, dilúvio esse responsável pelos fósseis que vemos e pelas evidências de catástrofe na geologia."

Em que revistas foram publicados esses artigos?

CA disse...

Perspectiva

Poderia dar também as referências bibliográficas relativas aos erros de datação que referiu, por favor?

Anónimo disse...

Resposta ao Jonatas Machado aka Perpectiva

"Madeira do chamado período Jurássico, no Reino Unido, datadas de há 190 milhões de anos deram uma idade de 25 000 anos usando datação por carbono.

Por exemplo, pedaços de madeira recolhidos de uma rocha perto de Sydney, na Australia, supostamente com uma idade de 230 milhões de anos, deram uma idade de apenas 34,000 utilizando métodos de datação de carbono.

Diamantes recolhidos nos Estados Unidos, supostamente com 2 biliões de anos deram uma idade de Carbono 14 de 56 000 anos."

Pois caro professor. A datação por carbono está errada nesses casos. E isto porque a datação por carbono só é usad até um máximo de 70000 anos. Quando se prevê mais e se mede á mesma só pode dar asneira

Carbono 14 - Esta técnica é aplicável à madeira, carbono, sedimentos orgânicos, ossos, conchas marinhas - ou seja todo material que conteve carbono em alguma de suas formas. Como o exame se baseia na determinação de idade através da quantidade de carbono-14 e que esta diminui com o passar do tempo, ele só pode ser usado para datar amostras que tenham entre 50 mil e 70 mil anos de idade.

Esta suas afirmações falsas são já um hábito. Quem não tenha conhecimentos deste facto poderia engolir as suas afirmações.

E quanto á fixação adn/cristais não tem qualquer sentido, pois a comparação é até bastante ilustrativa do processo.
Se tirasse Deus da sua cabeça e deixasse espaço para um raciocinio analitico percebia isso.

Quanto aos outros exemplos do post são fácilmente desmontáveis como os do carbono.
Mas como você só coloca aqui posts com má fé (a po deus incluída) nem me dou a esse trabalho.

O caso do dilúvio é tão aberrante que não existe nem um cientista fora da cambada do discovery que o avalie sequer.
Já foi mais que desmontada essa mentira. Só para "cientistas" protestantes que colocam Deus acima da verdade é que ele é válido. mesmo com todas as contradiçoes.

Aliás como você. Só neste post todos os exemplos davam datações superiores a 20000 anos. Um pouquito mais que aquilo em que acredita, não ?

Anónimo disse...

ihihih

ó jonatas largue a o genesis e va estudar um bocadinho de ciencia ;)

pode ser que assim deixe deixe de errar tanto e de dizer disprate atrás de disparate

Anónimo disse...

perspectiva disse:

"Existe muita evidência científica de que Deus criou o Universo e a Vida de forma inteligente e de que o pecado introduziu a morte, a doença, o sofrimento e a corrupção."

Esta afirmação deveria ser o requisito minimo para alguem ser declarado insano e incapacitado e fechado para sempre num manicómio.

Ó Jonatas voce é professor de direito em coimbra não é? Pode até perceber muito de direito mas de ciencia não percebe nada, vá pra escola e vá estudar homem!

Anónimo disse...

Não batam mais no homem...Lembrem-se dos ensinamentos da Santa Madre Igreja, que certamente aprenderam em pequenitos.
A culpa não é (só) dele, é de todos nós que não nos esforçamos o suficiente para fazer compreender que isto de aprender matemática e física e química e geografia e história e coisas afins (chatas) faz mais do que arranjar diplomas das novas oportunidades. Também faz as pessoas desenvolverem sentido crítico e pensarem por si próprias.
Portanto, o desafio é para todos aqueles que acreditam que saber ciência é mais do que estudar, é também a obrigação de a divulgar.

Anónimo disse...

Passemos agora ao potássio-árgon, que é o inverso do carbono. Só se usa quando se prevê idades superiores a 50.000 anos. Caso contrário dá asneira:

O potássio-árgon – Em contextos mais antigos do que 70.000 anos (particularmente as etapas mais remotas da pré-história), faz-se a análise da quantidade de um isótopo de potássio, denominado K-40. A validade deste método vai de 0,05 a vários milhões de anos.

O Jonatas, é com se diz na minha terra: cada cavadela, sai minhoca.
Neste caso asneria.

Para não se enganar mais, aqui ficam alguns exemplos de datação:
- De algumas centenas de anos até 70.000 anos Radiocarbono
- De algumas centenas de anos até 500.000 anos Luminescência
- De 0 anos até 1.000.000 anos Hidratação da Obsidiana
- De cerca de 10.000 anos até cerca de 1.00.000 anos Séries de Urânio
- De 50.000anos até mais de 6.000.000 anos Potássio Argon.

E ainda muitas outras formas de datação, mas fico por estas.
E por incrivel quando usadas dentro da sua validade, os resutados apontam todos numa direcção: excepto raros erros, todas confirmam as idades atribuídas a Terra e aos fósseis.
Claro que se as usar fora dos períodos de validade de cada metodo só pode obter aquilo que diz : absurdos.

Existem cerca de 20 metodos de datação, entre relativos e absolutos (entre climáticos, químicos, Físico-químicos, e outros).

perspectiva disse...

O facto de se encontrar carbono 14 em rochas, fósseis, carvão e diamentes supostamente com muitos milhões e até biliões de anos mostra que estes não são assim tão antigos e é inteiramente consistente com outras evidências de episódios decaimento radioactivo acelerado, como seja a existência de hélio nos zircões.

Precisamente porque o C-14 só faz medições até cerca de 200 000 anos, e não 70 000, como alguém disse, é que não deveríamos encontrar C-14 nesses objectos. Mas encontramos.

Ora, se encontramos, isso significa que algo está mal com a datação radioactiva. De resto, os próprios evolucionistas rejeitam esses métodos de datação quando os mesmos dão datas que não concordam com os seus modelos.

Na verdade, nalguns casos esses métodos dão até idades futuras.


Os métodos de datação radioactiva supõem a constância da meia-vida dos isótopos ao longo de milhões e biliões de anos, só que essa premissa não é verificável.

Não podemos confundir quantidades de isótopos com quantidades de tempo.

Mais dados sobre estes e outros aspectos podem ver-se em

www.biblicalgeology.org

www.creationwiki.org

Anónimo disse...

F.Dias, esquecendo por momentos as alegorias, linguagens mitológicas, etc., gostaria de lhe fazer uma pergunta:

como pode estar tão seguro de que "nesta fase [por altura do apogeu das civilizações egipcias e, um pouco mais tarde, helénica] os homens não estavam especulativamente tão equipados como Kant, Rawls ou Habermas"?

Pois eu acho que esse é um dos erros mais crassos que atinge muitos dos pensadores actuais... considerar que a "luz" da razão surgiu apenas agora... na época dos iluminados presunçosos do século XIX, XX e XXI.

Pena é que o mundo pouco receba dessa "luz" e desse "notável esclarecimento" e a lista de tragédias e sofrimentos não tenha, pelo menos, diminuido significativamente!

Parece-me na minha humilde opinião que os maiores vultos do pensamento humano estão, AINDA, avançados para o nosso tempo...

Mas agora a cultura oficial, apoiada por um "bando" de técnicos das ciências, acha um Pitágoras, um Platão, um Clemente de Alexandria, um Orígenes, um Jâmblico, um Porfírio, um Proclo, um Aryasanga, um Nagarjuna, um Lao-Tsé, etc., etc., etc., como uma "cambada" de "incultos" 8para dizer o menos)...!

perspectiva disse...

Os críticos do criacionismo limitaram-se a elencar os diferentes métodos de datação, como se os criacionistas os desconhecessem!

Basta ir aos sites www.creationwiki.org e www.biblicalgeology.org, entre muitos outros, para ver que todos os métodos são objecto de consideração exaustiva.

Acima de tudo convém ter presente que todos os métodos de datação (para além da Bíblia)se baseiam em pressuposições falíveis e em última análise indemonstráveis.

Existem literalmente centenas de métodos de datação. Porém, qualquer método que se possa utilizar assenta em pressuposições sobre o passado inobservado.

Nenhum método de datação que o ser humano utilize é absolutamente fidedigno.

Apesar de 90% dos métodos de datação da Terra nos darem datas muito mais recentes do que as exigidas pela teoria da evolução (v.g. velocidade de rotação das galáxias, escasso número de vestígios de supernovas, desintegração rápida dos cometas, escassa quantidade de sedimentos no fundo dos oceanos, escassa quantidade de sódio nos oceanos, rápido decaimento do campo magnético da Terra, velocidade de erosão dos continentes, curvatura dos sedimentos, decaimento rápido do DNA, C-14 em fósseis e diamantes, hélio nos minerais, raridade de esqueletos da Idade da Pedra, estatísticas demográficas), a verdade é que nem esses métodos são totalmente fiáveis.

Devemos lembrar-nos que a história efectivamente vivida, observada e registada pelos seres humanos é extremamente recente.

Ela tem uns escassos milhares de anos. As civilizações são extremamente recentes. A agricultura também.

Para além dos registos históricos mais antigos, cada um de nós reconstrói o passado de acordo com as suas pressuposições acerca desse passado e interpreta os métodos de datação de acordo com essas pressuposições.

É por isso que os evolucionistas descartam todos os métodos de datação que não satisfazem a necessidade evolucionista de um passado profundo de milhões e biliões de anos.

A verdade, é que mesmo com esse passado profundo, não existe realmente nenhuma evidência da teoria da evolução.

Os trilobites surgem nas rochas cambreanas plenamente formados e com os olhos mais sofisticados de que há registo, com a capacidade de ver em todas as direcções ao mesmo tempo e de ter uma visão nítida debaixo da água.

E a verdade é que não se conhecem os seus antecedentes evolutivos.

As mutações destroem a informação genética, a selecção natural vai diminuindo a informação genética, o registo fóssil não documenta a evolução gradual e a formação aleatória de estruturas complexas desafia as mais loucas probabilidades.

Fernando Martins disse...

Porra que é preciso ser burro e ter tempo para sê-lo para conseguir dizer tantas alarvidades num só comentário.

E depois cita, e recita o que citou, copiado do que não percebe - "Os trilobites surgem nas rochas cambreanas plenamente formados e com os olhos mais sofisticados de que há registo, com a capacidade de ver em todas as direcções ao mesmo tempo e de ter uma visão nítida debaixo da água." - errando quando foi anteriormente corrigido (diz-se "as trilobites" e "rochas câmbricas" e esta última citação de um período geológico com mais de 500 milhões de anos por um criacionista assusta pelo grau de estupidez...).

"As mutações destroem a informação genética (1), a selecção natural vai diminuindo a informação genética(2), o registo fóssil não documenta a evolução gradual(3) e a formação aleatória de estruturas complexas desafia as mais loucas probabilidades(4)"

(1) é por isso que o milho, descente do teossinto, é tão diferente e tem tantas variedades...

(2)é por isso que certas espécies vegetais próximas têm uma diferença de 2 a 10 vezes mais cromossomas...

(3)e as aves primitivas - arqueopterix - já o sabem...?

(4)se a Terra tivesse 6.010 anos até seria verdade - mas a História, Pré-História, Arqueologia, Geologia, Geocronologia, História das Línguas, Antropologia, Astronomia, Física, Química, Biologia e muitas outras ciências têm provas do contrário (o que é uma pena, pois o mito babilónico recontado pelo Génesis até é divertido).

Que um Pastor qualquer, fraco de ideias, acredite no que diz, é com ele - agora que um doutorado tenha caído nesta cantiga e a difunda, recorrendo a meios que a Ciência de que duvida lhe proporciona, põe-me muito triste como ex-aluno da Universidade de Coimbra...

Fernando Martins disse...

Já agora:

"No Colorado, uma caverna de uma mina foi encontrada com estalactites e estalagmites supostamente com milhares de anos. No entanto, a mina tinha sido abandonada há apenas 20 anos."


Aqui perto, no complexo mineiro de Rio Tinto, Espanha, há fenómenos similares - esqueceu-se foi de dizer que não são em calcários e que as constantes de solubilidade variam de substância para substância. Para um especialista em direito perceber melhor, o sal de cozinha dissolve-se facilmente (e nas minas de sal-gema podem formar-se, em horas, umas estalactites fantásticas, como poderá ver se for à Mina de Sal-Gema de Loulé, no Algarve) mas o calcário dificilmente se dissolve. Daí o resultado de estalactites milenares nas grutas e estalactites quase instantâneas nalgumas minas.

Fazer a citação que fez é, no mínimo, desonestidade intelectual, se percebia o que é variável solubilidade (a outra hipótese é ser somente mais uma mentira...) ou apenas, no copy & past, habitual, mas uma coisa citada, à moda da FDUC, ser perceber o que cita...

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